terça-feira, 24 de junho de 2014

Tico


Quando chegou era ainda muito pequenina e todos pensaram que era um gato. Por isso, ficou o Tico. Depois, quando percebemos que era gata e como já sabia o nome, passou a  ser a Tico. Tinha dona mas vivia na rua, independente e arisca. Só há muito pouco tempo me consentia umas festas (curtas) na cabeça, mas era capaz de me acompanhar ao ecoponto como se fosse um cãozito e até tentou uma vez fazer a caminhada nocturna connosco mas, como lhe pareceu que já tinha andado muito, desistiu aí aos 200 metros!
Devia ter uns dezoito anos e, há uns dias achámo-la doente.
Deixei de a ver, perguntei à dona e soube que, daí, das ruas por onde andava sempre, numa liberdade total, veio deitar-se no quintal da "sua" casa e despediu-se de nós. Pode ser um exagero, mas pareceu-me que tinha perdido uma amiga, quase uma vizinha.

1 comentário:

  1. Quando perdemos um animal de companhia ficamos sempre desolados, mesmo que não nos pertença de facto!

    Abraço

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