sexta-feira, 28 de maio de 2010

Calmante!

Ora digam lá: esta «Unchained Melody» tocada em flauta peruana não fica especial? Tem um som lindo!


quarta-feira, 26 de maio de 2010

A ver vamos!


Ainda ontem eu temia que a bola da nossa selecção errasse o caminho da baliza adversária e foi o que se viu: 0-0! Que eu saiba, não havia lá vuvuzelas mas, mesmo assim... ou seria por isso? Calma, foi só um treino e as gentes do teatro dizem que «quando o ensaio geral é mau, a estreia é boa». Não basta, mas é preciso acreditar!


(imagem em DN cravo&ferradura

de José Bandeira)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vuvuzelas!



Eu até gosto da "corneta", é elegante e colorida; o nome entra no ouvido, é fácil de aprender, agora o som... Deus nos acuda! Posso apoiar a Selecção de outras maneiras. Com esta "música" não! Ainda a bola se assusta e erra o caminho da baliza! E depois?!

(imagem em tweeteirostricolores)

sábado, 22 de maio de 2010

Ena, tanto tempo!!!

Curso do Magistério Primário de Coimbra 1958-1960 Foi há 50 anos! Festejámos hoje as Bodas de Ouro! Parece mentira, tendo-se algumas memórias tão vivas como se fossem ontem! Foi uma festa bonita, cheia de sorrisos e de abraços, mais fortes entre aqueles que não se viam desde o final do curso porque alguns (poucos) nunca foram aos encontros anuais. Ah! mas este era especial! Até estavam presentes os dois únicos professores que ainda vivem, ambos com mais de 90 anos!
E eu, em vez de me pôr para aqui a inventar um discurso filosófico, achei que podia transcrever parte do poema que está A Abrir o meu livro de curso e cujo autor desconheço. Ele, de algum modo, fala de sonhos e justifica a nossa vida, não só como professores mas também como seres humanos.

Idealizámos,
quisemos,
viemos.
Somos jovens:
em nós,
a Vida;
à nossa frente,
a Pátria,
a Sociedade,
o Mundo.
...............
Depois...
Se afaste o vão temor.
Se demos quanto tivemos
a Pátria,
a Sociedade
e o Mundo
enriquecemos,
tenhamos fé:
Valeu a pena vivermos,
o Mundo estará melhor!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Maio

Ainda é Maio, tempo de papoilas rubras a "cantarem" alegria pelos campos, a desafiarem-nos para corrermos no meio delas!...
Não consegui encontrar este poema de Cesário Verde, cantado (que já ouvi), mas deixo-o declamado Acho-o lindo!


sábado, 15 de maio de 2010

Um serão diferente...

Foi hoje, num bom espectáculo realizado no âmbito do VI FESTAMBO , numa praça da cidade, onde se ouviu muita música mas também poesia. Desta, retive o poema que aqui vou deixar, e que já não ouvia há muito tempo. Dito pelo seu autor, José Fanha, ganha mais força do que simplesmente lido.
«Eu sou português aqui»


sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Civilização"


É, a editora chama-se Civilização! E faz um livro para crianças sem ter em conta que o seu espírito crítico ainda não cresceu o suficiente para se rirem sadiamente de piadas destas. Sem perceber que está a deseducar, numa época em que muitos alunos acham normal insultar e agredir professores! Esta «Civilização» já retirou a anedota de mau gosto, mas isso não tem efeitos retroactivos! Nas quatro edições vendidas, quantas crianças leram? Quantos pais se deram ao trabalho de falar com elas sobre o assunto? Em que termos e com que perspectivas?
A preocupação com a boa formação das crianças tem de ser prioritária, sob pena de a verdadeira civilização não avançar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Avé, Maria

Hoje, este «Magnificat» (de Bach) tem um sabor especial!

terça-feira, 11 de maio de 2010

O Guarda-Chuva


O GUARDA CHUVA


Chovem protestos palavras
dramaturgos e profetas:
a chuva dos manifestos
fecunda a horta das letras.
Chovem bátegas de sílabas
chovem doutrinas e tretas
chovem ismos algarismos
que numeram os poetas.

Chovem ciências ocultas
chovem ciências concretas
e nascem alfaces cultas
para poemas-dietas.
Chovem tiros de espingarda
chovem pragas e lamentos
e cresce a couve lombarda
nos quintais do sentimento.
Chove granizo política
dum céu carranca cinzento
constipa-se logo a crítica
que se mete para dentro.
Chovem as poetisas símias
da menina flor dos olhos
surgem canteiros de zínias
salpicados de repolhos.

Chovem as mulheres a dias
com os sonetos nas curvas
lavadeiras de poesia
em barrela de águas turvas.
Chove uma chuva de pedra
chovem astros em cardume
há uma erva que medra
com este estrume de lume.

Medra a erva do talento
medra a baga do azedume
não há erva que não medre
nas estufas do ciúme.
Chove uma chuva miúda
que é chuva de molhatolos
sai o poema taluda
e saem rimas nos bolos.

Para o poeta que chova
por dentro,em razão inversa,
forçoso é ter guarda-chuva
contra a palavra perversa
que foi um chão que deu uva
e hoje só dá conversa.

Ary dos Santos

(imagem em emicles.)

domingo, 9 de maio de 2010

CAMPEÕES!

Campeões!!! Campeões!!! Nós somos Campeões!!!

Mais vida!


Desde muito cedo, esta "joaninha" se deu bem com "botões de coelho"! Eu sei porquê!
O coelhinho doce é que vinha mesmo a calhar, mas só cá estão os "botões! Oh!
Parabéns com muitos beijinhos!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Música, sempre!

Hoje, Tchaikovsky... porque sim!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Contradições!


O senhor Arcebispo de Porto Alegre (Brasil) descobriu a causa dos crimes de pedofilia na Igreja Católica: «a sociedade actual é pedófila»! Assim, sem mais! Eu acho que é da idade e queria muito chegar aos 73 anos com mais discernimento e maior noção da realidade para, pelo menos, perceber o que se passa à minha volta. Quem, ao longo de séculos, se tem arvorado em educadora de povos, "fazedora" de civilizações, o expoente máximo do exemplo a seguir? Precisamente a Igreja Católica! Então de quem é, também, a culpa da "sociedade pedófila" que ele diz existir?
Apesar de condenar «claramente» estes crimes e de pedir a punição severa dos culpados, escolheu a desculpa mais infeliz para os justificar.
(imagem em ocdsprovinciasaojose)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Católicos?


Ele não chama hipócritas a muitos dos 88% dos portugueses que se dizem católicos... mas eu acho que lhe apetecia. Se calhar, com razão! Os dois últimos parágrafos dizem quase tudo!

domingo, 2 de maio de 2010

Mães!



Uma saudação especial a todas as Mães!



Colegial

Em cima da minha mesa,
Da minha mesa de estudo,
Mesa da minha tristeza
Em que, de noite e de dia,
Rasgo as folhas, leio tudo
Destes livros em que estudo,
E me estudo
(Eu já me estudo…)
E me estudo,
A mim,
Também,
Em cima da minha mesa,
Tenho o teu retrato, Mãe!

À cabeceira do leito,
Dentro dum lindo caixilho,
Tenho uma Nossa Senhora
Que venero a toda a hora…
Ai minha Nossa Senhora
Que se parece contigo,
E que tem, ao peito,
Um filho
(O que ainda é mais estranho)
Que se parece comigo,
Num retratinho,
Que tenho,
De menino pequenino…!

No fundo da minha mala,
Mesmo lá no fundo, a um canto,
Não lhes vá tocar alguém,
(quem as lesse, o que entendia?
Só riria
Do que nos comove a nós…)
Já tenho três maços, Mãe,
Das cartas que tu me escreves
Desde que saí de casa…
Três maços – e nada leves! –
Atados com um retrós…

Se não fora eu ter-te assim,
A toda a hora,
Sempre à beirinha de mim,
(Sei agora
Que isto de a gente ser grande
Não é como se nos pinta…)
Mãe!, já teria morrido,
Ou já teria fugido,
Ou já teria bebido
Algum tinteiro de tinta!

José Régio

(imagem em elianalive-2009)