quarta-feira, 11 de julho de 2012

Expedientes!



Ficámos a saber pelo próprio que Miguel Relvas foi, pelo relatório da ERC, «ilibado em toda a linha». Qual linha? A que separa o quê, de quê? Pergunto eu.
Esclarece também o ministro que a inclusão de habilitações que não possuía, no currículo entregue no Parlamento, se deveu a um "lapso"! O ministro não sabe interpretar. Concluo eu.
Ou então, explica muito bem Fernando Madrinha no Expresso, «O recurso a tais expedientes, por legais que sejam, qualifica a atitude de quem lança mão deles- e, sobre isso, o primeiro-ministro não pode afirmar que se trata de um "não-assunto". Diz respeito ao escrúpulo e à lisura de comportamento de quem, exercendo altíssimas funções por ter pedido a confiança dos eleitores, se submete obrigatoriamente ao escrutínio das suas qualidades e das suas fraquezas pessoais».
Tudo isto e as explicações deste licenciado de forma especial «são uma história replicada que daria vontade de rir se não fosse o retrato de um país onde políticos e instituições se desacreditam com empenho e esforço num striptease deplorável. Assim, justificam apenas o tal sorriso que serve para disfarçar a indignação ou, talvez já só a tristeza e o cansaço.»
Pois é: este país está triste!


(imagem da net)

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