E lá vamos para mais um ano! É um Ano Novo de verdade? Eu queria que ele não continuasse velho na crise, num país cada vez mais pobre, nos sacrifícios que todos(?) fazemos para continuarmos em frente!
Desejo um ano tranquilo, mas com força suficiente para vencer os impossíveis!
Se quiserem, façam como eu e tentem arranjar um intérprete diferente para cada verso desta cantiga! Vão ver que ainda se divertem e, nestes tempos em que tudo vai torto, a diversão faz bem à saúde! Os Xutos já sabiam muito do "futuro"!
Se os conjurados de 1640 cá estivessem isto não ficava assim...Parece que o governo não quer mesmo que sejamos independentes e, assim,
vai apagando a História de um povo que não aceitou jugos desde o seu primeiro rei. Acho que quem votou a extinção deste feriado aprendeu pouco das nossas raízes, nunca interiorizou o seu significado e a libertação que a revolução de há 372 anos representou.
Por mim, venha a petição de assinaturas para se manter o feriado, promovida por Ribeiro e Castro que, na altura, votou contra este "apagão" na História de Portugal!
Eu assino!
Há mais coisas de interesse neste festival dos chícharos...
Uma tecelã com seu tear e dobadoira...
Uma artesã com traje regional, a tecer umas meias lindas com 5 agulhas!
Até Domingo, haverá chícharos, abóbora e outros petiscos em Stª Catarina da Serra!
Cria-se um dia especial para tudo o que parece importante e o de hoje, que soa a estranho, tem, afinal, um objectivo fantástico: lembrar que cada criança tem direito a um lar, a uma vida confortável em segurança, onde o carinho e o amor ensinem a solidariedade, a esperança, a tolerância, numa palavra, a paz! Quando formos capazes de fazer felizes as crianças teremos cumprido talvez o desígnio mais importante das nossas vidas!
O Presidente da Cáritas Portuguesa disse hoje que «a verdadeira refundação do país(...) deve começar por quem aufere salários principescos(...) ou construiu ilegitimamente fortunas». «Mais do que nunca, queremos ser profetas da esperança», admitindo, contudo, «a angústia» em que se vive porque ninguém sabe quando é que esta situação termina».
O governo continua surdo. É triste mas é verdade!
Por negaças bem intencionadas de um blog que vou seguindo por aqui, fui ver o novo filme de 007! Lembro-me de vários desta série mas passaram muitos anos desde o último policial ou filme de acção a que assisti, porque o "suspense" e a violência me transtornam as ideias, mas agora arrisquei! E, mesmo com o coração aos pulos de vez em quando, acabei por me divertir. Afinal, não é assim tão violento. O tema musical é lindo, cantado por Adele, como só ela faz!
No jornal da noite, Pedro Passos Coelho disse que este ano não haverá mais medidas de austeridade. Ó Sr. Primeiro Ministro, V. Ex.cia não se precipite, não exagere na magnanimidade porque 54 dias assim, na acalmia, vai ser o desastre completo para o país! Peço desculpa pelo atrevimento do conselho mas...«quem me avisa, meu amigo é»!
Precisamos de músicas alegres, que nos animem e gosto desta, com uma interpretação especial onde, entre todas as linguagens de que a música é capaz, entra também a dos gestos, para que todos possam apreciá-la melhor!Bom fim de semana!
No fim da batalha em que os atenienses venceram os persas na planície de Marathónas, Filípedes, o melhor corredor grego, foi mandado pelo seu general a Atenas para anunciar a vitória sobre os persas. Correu cerca de 42Km sem parar, para cumprir a sua missão mas, quando chegou, disse apenas: vencemos- e caíu morto pelo esforço.
Há dias, o ministro Gaspar, qual Milcíades, fez de nós maratonistas (à força) e avisou que íamos ao km 27, ou seja, mais ou menos a meio da nossa maratona de sacrifícios, de privações de vária ordem, de esforços cada vez maiores. Não sei que espécie de tecnologia usou o ministro para chegar a este número mas foi o que disse, pensando que os portugueses são parvos e não percebem ou não prevêem o que aí vem, pelas mãos deste completo (des)governo!
O meu receio é que, quando anunciarmos a "vitória", ou cinicamente a anunciarem por nós, caiamos ou estejamos já mortos. De qualquer maneira, nunca será nossa a medalha nem os louros!
Os livros É então isto um livro, este, como dizer?, murmúrio, este rosto virado para dentro de alguma coisa escura que ainda não existe que, se uma mão subitamente inocente a toca, se abre desamparadamente como uma boca falando com a nossa voz? É isto um livro, esta espécie de coração (o nosso coração) dizendo 'eu' entre nós e nós? Manuel António Pina
Depois do almoço, durante a tarde de convívio do grupito já com alguns anos, a amiga que nos acolheu e que é apaixonada por chás, trouxe vários para saborearmos!
Um deles era especial, foi guardado para o fim e pôs-nos a seguir a sua feitura com toda a atenção: vale a pena ver como se faz chá da flor do chá que parece um novelo pequenino quando se põe no bule.
Com a água quente, a flor vai abrindo e descendo lentamente para o fundo!
Agora já se vêem duas flores de cores diferentes que abriram no bule!
É um verdadeiro chá mas também provámos o de crisântemos e o de rosas!
Nestas pequeninas taças "casca de ovo" chinesas o chá ganha um sabor especial!
Foram óptimos momentos de convívio e partilha entre amigos!
Este é o feriado que não deve acabar. Para que se mantenha a História e a memória! Para que a República não seja mais celebrada às escondidas, como hoje, impedindo o
povo de aclamar entusiasticamente: Viva a Republica!
Para que vingue uma República em que valha a Palavra celebrada em poesia por Sophia de Mello Breyner!
...toda a comunicação do Ministro das Finanças ao País! Não parecem coisas minhas, mas ouvi! Os primeiros 25 minutos anunciaram tantas maravilhas que pensei, isto não deve ser cá! Mas era: loas ao governo, confiança dos mercados, credibilidade internacional, blá, blá, blá. E eu: enganaram-se os analistas, os comentadores, os media...não vai haver mais austeridade, com tudo a correr tão bem! Afinal, enganei-me eu. Os sessenta (ou mais) minutos seguintes foram um desfiar de impostos, taxas e sobretaxas que nos vão cair em cima! A reposição de um subsídio com uma das mãos para, a seguir, o roubarem com as duas, na voragem de um IRS insaciável que não percebe que com o empobrecimento do País, o próprio imposto fica mais "pobre". Acho que este povo português desespera e vai voltar à rua e vai gritar a sua revolta contra a injustiça e a mentira.
Afinal, formigas já temos muitas! O ministro Miguel Macedo baralhou-se todo, não esclareceu de que lado está! Tem andado distraído ou terá a estória ao contrário?
Jorge Amado usou esta trova de um poeta popular da Bahia na introdução da sua estória O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. E eu acho estes versos tão lindos, tão verdadeiros e cheios de significado que os trouxe para aqui!
«O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Andorinha»
Estêvão da Escuna
Quando é que vamos chegar a um mundo assim, em que todos convivam nesta paz e nesta alegria?
...saíu à rua e disse BASTA! Foram muitos milhares em muitas cidades do País e eu estive na mais próxima - Leiria. Eram muitas, muitas pessoas a quererem fazer sentir ao Governo que o caminho que está a tomar não é sustentável nem eficaz para se atingirem os objectivos pretendidos. Tive pena de termos que voltar a usar palavras de ordem que se pensava nunca mais serem precisas mas elas estão cá, na memória de cada um de nós, vieram e voltarão às ruas sempre que o povo se sinta traído nos seus anseios de uma vida digna a que tem direito e que parece estar a ser-lhe negada, todos os dias um pouco mais!
Passei e a placa de azulejo na parede chamou a minha atenção, pelo insólito (pensei) do topónimo, precisamente na parede do cemitério! Aquele lugar, de arraial, com o significado que mais vezes damos hoje à palavra, não teria nada! Achei descabido mas reparei nas letras miudinhas, por baixo do nome da avenida!
Mais de perto, achei a explicação e aprendi coisas que não sabia.
O miramolim de Marrocos, quando fez montar ali o seu acampamento, é que nunca pensou que eu iria embirrar com ele oito séculos mais tarde!
Com os putos de volta às escolas e às ruas, apetece ouvir Ary dos Santos, na voz inconfundível de Carlos do Carmo!
Bom ano escolar e que eles aprendam a ser homens!
...porque acho que o que nos vai valendo é esta capacidade de brincarmos, até com a própria adversidade e encontrarmos forma de sorrir e ajudar outros a fazer o mesmo! Achei esta placa ao pé de algumas outras que anunciavam: «Vende-se». Pois é, vendia-se... se houvesse a quem!
Em quatro ou cinco dias de descanso bem perto do mar, com bom sol e água quentinha, apareceram hoje, quase rente à terra, estas nuvens, ameaçando estragar tudo com aquele ar carrancudo de mau feitio! Ao mesmo tempo, a promessa cor-de-rosa do reflexo do sol parece combatê-las e não as deixar levar a melhor nesta tentativa de estragarem o restinho das férias de Verão! Apesar da meteorologia e dos presságios dos habitualmente próximos do mar, amanhã se verá!
Aqui, o prato único é bacalhau, ao almoço e ao jantar. Assado, às lascas e com batatas a murro, leva um azeite quente com alho, tão bom, que fica de comer e chorar por mais!
Nas paredes deste restaurante, encontrei estas rimas em azulejo e achei-as tão engraçadas que resolvi trazê-las (com prévia autorização).
Não tenho a tal adega com vinte pipas ou mais, por isso bebi um vinho tinto "da casa", muito bom, mas garanto que não caí no chão nem errei a porta!
Vêm de férias, descansam, divertem-se e desafiam os que cá estão (ou desafiamo-los nós) para umas passeatas com o almoço pelo meio. Foi assim que nasceu a escapadinha que terminou com uma visita a esta vila com uma paisagem fantástica de campo, serra e rio onde vimos a Igreja de Nossa Senhora do Pranto, construída no sec.XIII e reedificada no sec.XV.
A torre sineira.
No altar-mor, a imagem de pedra de Nossa Senhora do Pranto.
O órgão oitocentista.
A vila e o rio.
Uma chaminé curiosa...
A serra e o rio.
Já toda a gente percebeu que estivemos em Dornes e, apesar do muito calor, foi um óptimo dia de lazer e convívio!
POEMA DO AMIGO APRENDIZ fernando pessoa.
Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.
Este poema lindíssimo é ainda melhor com música!
Se todos fôssemos Paz uns para os outros!...
As almofadas em que "nascem" as rendas de bilros não são todas iguais! Deixo aqui algumas que procurarei identificar com exactidão e hão-de ver como são diferentes na forma, no tamanho, na utilização.
Almofada portuguesa de Peniche, da rendilheira que nos recebe à entrada do jardim!
De várias zonas de Espanha, as que se apoiam na parede, as pequeninas de mesa, as coloridas de Vigo!...
De França, para trabalhos pequeninos.
Da Bélgica.
Com estas almofadas, os seus bilros também todos diferentes e a infinita paciência das
rendilheiras/artistas, se fazem coisas tão lindas!
