sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
Gestos ...em DIA de NATAL!
DIA DE NATAL
Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.
Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.
Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.
Os reis de longe trazem
Tesouros,incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.
Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.
Luísa Ducla Soares
(imagem em entranaciencia)
Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.
Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.
Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.
Os reis de longe trazem
Tesouros,incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.
Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.
Luísa Ducla Soares
(imagem em entranaciencia)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL!
Litania para este Natal
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
num sótão num porão numa cave inundada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
dentro de um foguetão reduzido a sucata
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
numa casa de Hanói ontem bombardeada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
num presépio de lama e de sangue e de cisco
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
para ter amanhã a suspeita que existe
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Tem no ano dois mil a idade de Cristo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Vê-lo-emos depois de chicote no templo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
e anda já um terror no látego do vento
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
para nos vir pedir contas do nosso tempo
David Mourão-Ferreira
(imagem em patatitralala)
Natal!
Na Tal
Na tal habitação volto a falar-te
Na tal que já eu próprio não conheço
Na tal que mais que tálamo era berço
Na tal em que de noite nunca é tarde
Na tal de que por fim ninguém se evade
Na tal a que sei bem que não regresso
Na tal que umbilical cabe num verso
Na tal sem universo que a iguale
Na tal habitação te vou falando
Na tal como quem joga às escondidas
Na tal a ver se tu me dizes qual
Na tal de que eu herdei só este canto
Na tal que para sempre está perdida
Na tal em que o natal era Natal
David Mourão-Ferreira
Na tal habitação volto a falar-te
Na tal que já eu próprio não conheço
Na tal que mais que tálamo era berço
Na tal em que de noite nunca é tarde
Na tal de que por fim ninguém se evade
Na tal a que sei bem que não regresso
Na tal que umbilical cabe num verso
Na tal sem universo que a iguale
Na tal habitação te vou falando
Na tal como quem joga às escondidas
Na tal a ver se tu me dizes qual
Na tal de que eu herdei só este canto
Na tal que para sempre está perdida
Na tal em que o natal era Natal
David Mourão-Ferreira
(imagem em crónicasportuguesas)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Transformações
Na crónica do passado fim de semana, que vale a pena pela frontalidade com que encara e põe tantos problemas actuais da religião, Anselmo Borges faz perguntas que incomodam:
«Não é possível a uma pessoa que conheça minimamente o Evangelho e a História deixar de fazer perguntas como esta: como é que o Evangelho de- sembocou num Papa chefe de Estado, com uma Cúria imperial, e bispos a viver em palácios?»
Deixa, a terminar, um princípio a pôr em prática, difícil mas urgente:
«Para a felicidade, é preciso voltar ao Evangelho.»
«Não é possível a uma pessoa que conheça minimamente o Evangelho e a História deixar de fazer perguntas como esta: como é que o Evangelho de- sembocou num Papa chefe de Estado, com uma Cúria imperial, e bispos a viver em palácios?»
Deixa, a terminar, um princípio a pôr em prática, difícil mas urgente:
«Para a felicidade, é preciso voltar ao Evangelho.»
domingo, 19 de dezembro de 2010
Natal!
Vou fazer de alguns poemas de Natal, nesta quadra, cartões de Boas-Festas com os melhores votos para quantos por aqui passarem!
NATAL CHIQUE
Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.
Vitorino Nemésio
(imagem em (esoterikha)
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
«Acontece»
Carlos Pinto Coelho deixou-nos e perdemos o homem que era o serviço público, um entusiasta, um extraordinário comunicador.
Nunca as homenagens apagam as mágoas que se provocaram injustamente mas...
Nunca as homenagens apagam as mágoas que se provocaram injustamente mas...
Acontece ficará para sempre na nossa memória colectiva!
(imagem em homemdfraque)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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