O gato não é memória, é presença. O poema é memória do 3º ano de escola primária!
Quem se lembra de Afonso Lopes Vieira?
O GATO
O gato à sua janela,
ao sol, que brilha fulgindo,
vai dormindo,
vai pensando
e vai sonhando:
-«Ó minha linda casinha,
tu és minha, muito minha,
nem há outra melhor que ela...».
O gato à sua janela,
ao sol, que brilha fulgindo,
vai dormindo,
vai pensando
e vai sonhando:
-«Pelas noites de invernia,
quando o vento, num lamento
muito lento,muito longo,
muito fundo, de agonia,
ruge e muge,
e a chuva bate à janela,
nos vidros, fina, a tinir,
ai como é bom,
ai como é bom dormir
ao serão, todo enroscado
ao pé do lume doirado,
fazendo ron-ron, ron-ron...
Ó minha linda casinha,
tu és minha, muito minha,
nem há outra melhor que ela...».
O gato à sua janela,
ao sol, que brilha fulgindo,
vai dormindo,
vai pensando
e vai sonhando:
-«Não tenho inveja a ninguém:
nem aos pássaros do ar,
a voar;
nem aos cavalos saltando,
galopando;
nem aos peixinhos do mar,
a nadar.
Não tenho inveja a ninguém
aqui na minha janela,
onde me sinto tão bem!
Ó minha linda casinha,
tu és minha, muito minha,
nem há outra melhor que ela...».
Afonso Lopes Vieira
Este é o "Guizinho"! Gatinho mt meigo e taralhoco! Sempre em guerras, mas hj...
ResponderEliminarLOL
;)
Sabia-o de cor!
ResponderEliminarAbraço
Finalmente consegui entrar aqui! :-))
ResponderEliminarBem-vinda, Rosa dos Ventos! Gosto de acompanhar o seu blogue e, até, de ler quem a comenta!
ResponderEliminarUm abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarRecordo este poema quando regresso de férias (fora, cá dentro).
ResponderEliminarO Lar de aconchegos, cómodos, confortos - à mão, afeitos a corpo e alma
Recordo este poema quando regresso de férias (fora, cá dentro).
ResponderEliminarO Lar de aconchegos, cómodos, confortos - à mão, afeitos a corpo e alma
Parece impossível!
ResponderEliminarNão conhecia!
Só tenho a agradecer a uma amiga de longa data que me "da" coisas lindas.
Mto obrigada!
Bem-hajam!