Esta foi a minha primeira caneta, aquela com que aprendi a escrever. Havia canetas de madeira, cilíndricas, com riscas às cores pintadas em espiral mas que ao fim de pouco tempo tinham a extremidade feita em franjas pelos dentes dos utilizadores. A mim coube-me esta em sorte e fiquei muito contente: era uma novidade, era de plástico, vermelha porque o meu pai era benfiquista e não pensaria em comprá-la de outra cor! Guardo-a como uma relíquia!
Nesse tempo, já íamos adiantados na escrita quando começávamos a usar caneta e tinta nos malfadados tinteiros como o da foto que, às vezes, se despejavam por nós abaixo, para grande arrelia das nossas mães!
Aprendi a escrever, a caligrafia não era nada de fazer inveja mas garanto-vos que esta caneta nunca "deu" muitos erros. Mesmo assim, não conseguiu fazer de mim um Camões ou um Eça! Que pena tenho!