terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Independências!

Na poesia de Manuel Alegre, este soneto fala da "fibra" dos portugueses em ocasiões decisivas!

O CONJURADO
ou
O nono soneto do Português Errante

Já fui Pinto Ribeiro e Antão de Almada
conspiração revolta resistência
já fui o conjurado e a madrugada
de um dezembro de sol e independência.

Já fui de tudo ou nada e sombra e ausência
guerrilheiro da noite e da paixão
fui o fora-da-lei e a intransigência
gritando em toda a parte o mesmo não.

Já fui o clandestino o santo e a senha
já fui a grande causa proibida
de ser de Portugal e não de Espanha.

E Luísa de Gusmão que me dizia:
«Vale mais ser rainha por um dia
do que ficar duquesa toda a vida».

Manuel Alegre

2 comentários:

  1. Pois eu não me importava nada de ser duquesa toda a vida! :-))

    Abraço

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  2. Pensando bem... era capaz de não ser mau! Eu até nem gostava de ser rainha! Logo...

    Abraço.

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