quinta-feira, 28 de maio de 2009

Coerência


Morreu,este mês,Amos Elon-nome grande da cultura israelita-que recusou viver os seus últimos anos num Israel «nacionalista,religioso,não europeu,quase fascista»e«corrompido pela ocupação de um outro povo».
Desde muito cedo(1967),ele percebeu que a ocupação dos territórios palestinianos seria prejudicial a Israel,deu o alerta mas... ninguém quis ouvir.Afinal,tinha razão!
Foi viver para a Toscana,um local que,acreditava,o faria rir de novo.
Apesar das mágoas,nunca esqueceu o País que considerava seu(nascera em Vienna)porque foi lá«que beijei uma rapariga pela primeira vez.E o que é a nossa terra senão o local onde se beija uma rapariga pela primeira vez?»
Curiosa, a razão pela qual ele reconhecia o seu País,apesar de lá não ter nascido!
O amor a definir, até, a própria nacionalidade.
Um homem singular,Amos Elon!

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